sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Era uma vez uma vassoura e uma coruja.

Em um belo dia, o céu estava começando a ficar mais ensolarado e caia um leve sereno. Enquanto isso, uma garota estava sentada em sua cama, ao lado da janela de seu quarto, e tranquilamente lia um dos seus livros favoritos.

Algumas horas depois, não mais serenava, o dia estava bonito, porém frio, e um barulhinho estranho começou a se fazer notar, parava e algum tempo depois recomeçava, vindo de fora da janela do quarto da garota, que muito entretida em sua leitura, não se deixou incomodar pelo som.

Quando o fim da tarde chegou a garota já com dor nas costa de ficar sentada, se levantou e alongou, foi até a cozinha e, fez uma refeição enquanto assistia um programa de comédia ao lado de sua irmã. Quando retornou ao seu quarto percebeu um som um tanto quanto irritante adentrando pela sua janela, e percebeu que era igual ao barulho que fazia mais cedo.

Abriu a janela e se esforçou para ver através da semi escuridão do crepúsculo, pois esta facilmente confunde a visão, e o que viu a deixou um tanto quanto confusa. Uma mulher, que estava a duas casa de distância, em uma janela de um prédio, provavelmente no quinto andar, estava com metade de seu corpo para fora, enquanto segurava uma vassoura e a sacudia numa intenção de atingir o topo do pequenino prédio. Ao se atentar um pouco mais, a garota percebeu o que a mulher realmente fazia, ela estava tentando desequilibrar um coruja que atacava a vassoura, pelo visto os barulhinho irritantes logo cedo durante a manhã que a garota ouvia todos os dias, eram de um chorão filhotes de coruja pedindo comida à sua mãe. E que agora a descabelada mulher tentava derrubar. A garota não ficou olhando por muito tempo porque tinha muita pena da coruja, que estava sendo perturbada pela mulher descabelada.

Aparentemente, a coruja levou a melhor sobre a descabelada, pois hoje, três meses depois do ocorrido a garota ainda escuta os pios da coruja, que vive no topo do pequeno prédio e, quanto a descabelada, bem, ou ela se conformou com a coruja, ou se mudou do prédio, visto que sua vassoura não foi mais ouvida batendo na laje. E a coruja continua feliz da vida em seu ninho.


Nenhum comentário:

Postar um comentário